quarta-feira, 14 de junho de 2017

Existem locais que vivem connosco desde infância. Eu tinha dois, um muito mais especial que o outro. Sem nunca ter conhecido ou respirado aquele ar, a ilha encantava-me todos os dias. O que me surpreendeu, a par a beleza natural, foi o encanto de São Miguel. Haverá sempre algo novo para descobrir. Uma nova queda de água, um novo trilho ou uma pequena lagoa. O mundo pára e vive-se devagar. Sente-se a dimensão da Mãe Natureza e absorvemos tudo. Não levei itenerário mas levei os melhores guias que podia ter, gente da terra.
Vivi as tão faladas 4 estações num só dia e não as trocava por nada. Em dia de chuva, e não foi pouca, vi açoreanos de chinelos de praia e admirei-os. Comi bolos levêdos ao pequeno almoço, massa sovada quando calhava, apanhei uma festa e lá comi um arroz doce. Era diferente mas bom. Comi o cozido, inhame, ananás e bananas de São Miguel ( que na minha opinião são melhores que as da Madeira) queijadas de vila franca, de maracujá e de ananás. Fiz um pic nic debaixo de chuva e gostei muito. Não tinha um itenenário mas tinha uma lista de locais que gostava de visitar. Rosto de Cão, Lagoa das Sete Cidades, Hotel Monte Palace, Lagoa das Furnas, centro da Ribeira Grande, Cerâmica Micaelense, miradouro da Bela Vista, Caloura, Ilhéu de Vila Franca, Caldeira Velha, parque Terra Nostra, Portas da Cidade, casa ao contrário, fábrica de chá Gorreana e mais alguns locais. Entre vacas e cães, gatos e cavalos fotografei um tentilhão dos Açores na Lagoa das Furnas. Passei pela Praia do Fogo e pela Praia de Santa Bárbara.
São Miguel deu-me muito.
Foi um risco fazer esta viagem mas fazia tudo de novo.

Posso voltar para sempre?

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